O desenho mostra uma linguagem única da criança, onde ela tenta se comunicar e expressar através dos traços e cores.
Muitas vezes, crianças pequenas, desenham apenas pelo prazer, e não sentem a necessidade de um sentido para sua expressão.
De acordo cm a Piaget, as principais etapas do desenho podem ser classificadas em:
Garatuja: A figura humana não existe, as cores tem papel secundário. Pode ser dividida em desordenada (não há controle dos traços, movimentos amplos e repetidos) e ordenada (movimentos circulares e longitudinais, a figura humana existe apenas no imaginário).
Pré-esquemático: Descobre a relação entre desenho e realidade. Movimentos circulares para representar a cabeça. A cor depende do interesse emocional. Não existe relação de espaço.
Esquemática: Afirmação do desenho mediante a repetição. Existe a descoberta da relação cor – objeto. Começa a organizar o espaço. Na figura humana existe exagero das partes importantes.
Realismos: As formas geométricas aparecem. Na figura humana abandona as linhas. A cor tem relação com o emocional. Caracterização das roupas, destacando a diferenças entre os sexos. Expressão pelo detalhe significativo e não pelo exagero nas proporções.
Pseudo-realismo: É o fim da arte como atividade espontânea. No espaço já apresenta profundidade. Na figura humana as características sexuais são exageradas. As figuras estão inseridas num meio dramático.
Para compreendermos o desenho infantil, devemos levar em conta que ele está inserido em um contexto, portanto sozinho não faz sentido.
“Cada movimento tem uma beleza e uma significação próprias, sendo necessária a compreensão de tudo o que ele envolve.”
Cirandando nos movimentos da metamorfose expressiva. In: MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do ensino de arte – A língua do mundo: Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
“E cada crianças, em sua singularidade, mistura diversas formas de viver sua infância e criar outras linguagens para ser narrada.”
Fonte: REDIN, Marita Martins. Múltiplas linguagens na infância: Um mundo cheio de “Girabelhinhas”. FURG, 2007.
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